40% da população baiana estava abaixo da linha da pobreza em 2019, estima IBGE

Quinta / 12.11.2020

Por Redação Sertão Hoje

O número representa uma melhora em relação a 2018, ano o qual a Bahia tinha 45,8% da população vivendo abaixo da linha de pobreza. (Foto: Arquivo / A TARDE)

Cerca de 40,4% da população baiana estavam abaixo da linha da pobreza e 12,5% abaixo da linha da extrema pobreza em 2019, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2020, divulgada nesta quinta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bahia tem o segundo maior número absoluto de pobres do país, cerca de 6,006 milhões, e o maior número de extremamente pobres (1,853 milhão). No Brasil, 51,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza (R$ 436), 24,7% da população, e 6,5% da população (13,7 milhões de pessoas) viviam abaixo da linha de extrema pobreza.

Ainda conforme o IBGE, em relação a 2018, houve uma leve melhora no índice de pessoas abaixo da linha da pobreza, a segunda seguida. Em um ano, o número de pobres na Bahia caiu 5,3% e em Salvador 4,1%. O ano com menor patamar de pobreza tanto no estado quanto na capital foi 2014 - 37,5% da população do estado e 13,6% em Salvador.

A linha para considerar a pobreza monetária é de US$ 5,50 por dia em paridade de poder de compra (PPC). O IBGE utiliza esse critério definido pelo Banco Mundial para países de renda média, já que o Brasil não tem uma linha oficial para a classificação. Em 2019, essa linha de pobreza correspondia a rendimento médio domiciliar per capita de R$ 428 em Salvador e na Bahia.

A extrema pobreza também teve um leve recuo na população baiana. Para essa classificação, é considerado o valor de US$ 1,90 diário per capita em PPC. Isso equivalia, aqui, em 2019, a uma renda domiciliar per capita média de R$ 148. Em 2019, 1,853 milhões de pessoas viviam com menos que isso na Bahia, cerca de 12,5% da população. A redução foi de 3,2% em relação a 2018. Mesmo assim, a Bahia continuou com o maior número de extremante pobres do país, posto que ocupa desde ao início da série histórica, em 2012. Em Salvador, o número de pessoas extremamente pobres teve aumento de 12,9%, passando de 124 mil para 140 mil, se tornando a 4ª capital com o maior número de pobres no Brasil.