Sertão Hoje

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Estudo da FG constata que há severa segregação sócio espacial em Guanambi

Terça / 29.09.2015

Por Redação Sertão Hoje

De acordo com o estudo 73% dos domicílios tem renda de 1 salário mínimo e 24,61% sobrevivem com menos de um salário mínimo

Pesquisadores da Faculdade Guanambi, vinculados ao Observatório FG do Semiárido Nordestino, divulgaram o resultado de um estudo que teve como objetivo analisar os aspectos sócios espaciais de Guanambi, a partir dos indicadores sociais de renda. Através do estudo e espacialização da renda, por setores censitários, os pesquisadores constataram uma severa segregação sócio espacial, tendo sido observado na análise: 73% dos domicílios particulares permanentes com rendimento nominal mensal de até 1 salário mínimo; 24,61% que sobrevivem com valores inferiores a 1 salário mínimo mensal; e apenas 2,39% apresentaram rendimento nominal mensal acima de 5 salários mínimos.

De acordo com o estudo, a concentração dos melhores indicadores de renda está na região leste da cidade, abarcando de 5 a 10 salários mínimos. Em contrapartida, a região oeste apresentou os piores indicadores sociais compreendendo domicílios particulares sem rendimento e com rendimento inferior a 1 salário mínimo. Destaca-se também, que os domicílios de baixa renda situam-se na periferia da cidade. O estudo sugere que os agentes envolvidos no planejamento urbano devem estabelecer condutas urbanísticas mais eficazes, que admitam verdadeiramente o direito à cidade, conforme assegura a Constituição de 1988 e o Estatuto da Cidade.

Segundo a Profa. Deborah Marques, “o trabalho é de suma importância para diagnosticar o caráter segregatório através da análise da renda, e o resultado pode orientar futuras políticas públicas para combater as condutas segregacionistas em determinadas áreas de Guanambi, efetivando assim o tão sonhado direito à cidade por todos os citadinos”.

O artigo foi publicado na 14ª edição da Revista Desenvolvimento Social, vinculada à Universidade Estadual de Montes Claros e é de autoria da Profa. Deborah Marques Pereira, Prof. Carlos Magno Santos Clemente, Prof. Thomas Leonardo Marques de Castro Leal e dos discentes Erikson de Matos Domingues, Hellen Pereira Cotrim Magalhães e Ricardo Ribeiro de Oliveira.

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