Bahia é certificada por 75% da produção de algodão sustentável

Segunda / 23.07.2018

Por Redação Sertão Hoje

Para obter a certificação, as propriedades devem ter excelência em boas práticas, como respeito aos trabalhadores e preservação do meio ambiente. (Foto: Alberto Coutinho/GOVBA)

Segundo maior produtor do país, o estado teve recentemente 75,6% de sua produção de algodão certificada como sustentável pelo Programa Algodão Brasileiro (ABR) da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que atua com o licenciamento pela entidade suíça Better Cotton Iniciative (BCI). Nesta safra 2017/2018, um total de 191.586,00 hectares de área abrangendo 53 propriedades de agricultores foi certificado. Desde o início dos trabalhos do ABR, em 2011, houve uma evolução considerável, tendo a certificação dos produtores baianos passado de 21,1% para os atuais 75,69%. “Com os resultados favoráveis dos produtores diante do mercado consumidor, existe o interesse dos demais produtores em obter a certificação”, explica a coordenadora do Programa da área de sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bonfim.

Para obter a certificação, as propriedades rurais devem comprovar excelência em boas práticas, como respeito aos trabalhadores no campo e preservação do meio ambiente. Por meio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), o Estado concede as licenças ambientais e conscientiza, com fiscalizações, os produtores sobre a importância da preservação de nascentes e reservas legais. Responsável pelas autuações na esfera fitossanitária, a Agência de Defesa Agropecuária (Adab), autarquia do Governo do Estado, fiscaliza a data limite de plantio, condução da cultura quanto ao controle de pragas, rotação de culturas, bem como o uso correto de agrotóxicos. A Adab também acompanha o Programa do Bicudo, da Abapa, que tem como objetivo combater o bicudo (Anthonomus grandis), praga com elevado potencial de destruição, do início ao final da cultura do algodão.

Os cotonicultores que estiverem cumprindo as normas do Inema e da Adab poderão ter acesso aos recursos do Programa de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalba), um dos instrumentos de política agrícola do Governo do Estado que concede incentivo de até 50% do ICMS devido sobre a comercialização do algodão no mercado interno, desde que o produtor atenda aos requisitos tecnológicos, fitossanitários e de qualidade estabelecidos pelo programa.