Produção de papel e celulose na Bahia cresce mais de 40%

Quarta / 24.05.2017

Por Redação Sertão Hoje

No período de janeiro a abril de 2017, o segmento de papel e celulose foi o segundo mais importante nas exportações baianas (Foto: Amanda Oliveira/GOVBA).

O papel está presente em praticamente todos os segmentos da vida doméstica, acadêmica e empresarial. Mesmo com as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país, o setor de papel e celulose na Bahia registra um crescimento na produção de 40,6%, no acumulado de 2006 até março deste ano, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). No período de janeiro a abril de 2017, o segmento de papel e celulose foi o segundo mais importante nas exportações baianas, com participação de 16,67%. Ainda de acordo com a SEI, as exportações neste setor em 2017 somam, até o momento, US$ 382,804 milhões. Somente de janeiro a março de 2017, 66 novas vagas de emprego foram ocupadas no setor. Na área de produção, até março deste ano, houve crescimento de 1,1%.

Nesse período, a China continuou sendo o maior mercado para as exportações de papel e celulose da Bahia. Dois municípios, Eunápolis e Mucuri, no sul do estado, se destacam na produção e são sedes de grandes empresas do segmento - a Veracel, instalada em Eunápolis, e a Suzano, localizada em Mucuri. Considerada uma das indústrias mais avançadas do mundo no setor, a Veracel é especializada na produção de celulose. Já a Suzano, atualmente em expansão, produz de forma integrada (papel e celulose) e possui a maior unidade produtora de celulose e papel do Brasil. A fabricação da celulose é responsável pelo desenvolvimento de diversas regiões. Segundo a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), a Bahia ocupa a quarta posição em área plantada com eucaliptos no Brasil. A produtividade dos plantios de eucalipto do estado é a maior do mundo, principalmente pelas condições de clima e solo e pela tecnologia de ponta empregada na cultura. Dados da Abaf apontam que, enquanto a produtividade média dos plantios baianos atinge 42m³/ha/ano, a média anual nacional é de 35m³ por hectare. Já a produtividade média dos principais países produtores fica em 24m³ por hectare/ano. Em alguns lugares, o eucalipto, que na Bahia demora sete anos para ser colhido, só pode ser extraído após trinta anos de cultivo.

Para o superintendente de Atração de Investimentos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Paulo Guimarães, os recursos aplicados pelo governo em infraestrutura são fundamentais para o desenvolvimento do setor industrial. “Nós estamos negociando com os Chineses e com a Bahia Mineração a conclusão da Ferrovia Oeste-Leste, especialmente no trecho Caetité-Ilhéus, e a construção do Porto Sul, que vão permitir o escoamento dessa produção. Temos projetos de ampliação do Terminal de Contêineres do Porto de Salvador, outros projetos a serem implantados no Porto de Aratu. Este conjunto vai trazer uma realidade portuária que vai ampliar a indústria baiana, inclusive a de celulose”, afirmou Paulo Guimarães.