Presença de urânio em água de poço em Lagoa Real é natural

Sábado / 15.08.2015

Por Redação Sertão Hoje

Unidade da INB está situada na Sub-bacia do Riacho das Vacas, enquanto a localidade de Varginha fica situada na Sub-bacia do Rio São Pedro

As Indústrias Nucleares do Brasil encaminhou nota oficial para a redação do Site Sertão Hoje, informando que os teores de urânio encontrados em poço situado na localidade de Varginha, município de Lagoa Real, não são decorrência das atividades de mineração da INB. Grupos ambientalistas divulgaram ontem que as águas do poço haviam sido contaminadas pela mineradora. A empresa esclareceu que o poço encontra-se a aproximadamente 20 quilômetros da Unidade de Concentrado de Urânio, e foi perfurado pelo proprietário do terreno, em local onde existe uma grande concentração de urânio.

Em análises realizadas pelo Laboratório de Controle Ambiental da INB, a pedido do senhor Osvaldo, se constatou que os teores de ferro, manganês e urânio estavam acima dos limites recomendados pelo Ministério da Saúde. Uma equipe da empresa levou os resultados das análises ao proprietário do terreno e à Prefeitura de Lagoa Real, esclarecendo que a água estava imprópria para o consumo, mas que a INB não tem competência para proibir o uso do poço, medida que deve ser tomada pelas autoridades municipais ou estaduais.

A INB esclareceu ainda que a Unidade de Concentrado de Urânio está situada na Sub-bacia do Riacho das Vacas, enquanto a localidade de Varginha fica situada na Sub-bacia do Rio São Pedro, portanto as águas que passam pela INB não chegam a Varginha.

A empresa analisa regularmente as águas de 132 poços situados em áreas que podem sofrer algum impacto da atividade mineradora; desde antes da implantação do empreendimento e até o presente momento não se detectou alteração nos índices de concentração de urânio.