INB emite nota desmentindo informações sobre altas concentrações de Urânio na água de Caetité e Lagoa Real

Quinta / 30.05.2019

Por Redação Sertão Hoje

A INB destaca que “lamenta ver a população exposta novamente a esses questionamentos esclarecidos desde 2016”. (Foto: Arquivo Sertão Hoje)

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) enviou, nesta quarta-feira (29), uma nota à Redação do Sertão Hoje sobre as “recentes divulgações na mídia sobre altas concentrações de urânio em água de Caetité e Lagoa Real/BA que seriam alvo de investigação pelo Ministério Público Federal”. A INB afirma que já recebeu e respondeu o ofício do Ministério Público da Bahia (MP-BA), expedido no dia 11/03/2019, mas ainda não recebeu nenhum ofício do Ministério Público Federal (MPF).

A notificação do MP-BA faz referência à notícia veiculada no jornal “O Estado de S. Paulo” em 2015 (confira aqui). Entretanto, a INB lembra do parecer conclusivo do IBAMA, proferido em 2016, de que o urânio encontrado na água do referido poço é de origem natural. “A partir de estudos e análises sobre as condições da geologia e da hidrologia da região de Caetité e dos programas de monitoramento ambiental e radiológico desenvolvidos pela Unidade de Concentrado de Urânio das Indústrias Nucleares do Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concluiu que os teores de urânio detectados nas águas de poço na localidade de Varginha, município de Lagoa Real/BA, são provenientes do ambiente geológico em que se insere”.

Ainda de acordo com a INB, o Tribunal de Contas da União (TCU), por meio da Secretaria de Controle Externo da Agricultura e do Meio Ambiente (SecexAmbiental), também já encerrou processo que havia instaurado em 2016 para acompanhar as notícias de possível contaminação de águas por urânio, concluindo em seu parecer “com as informações trazidas aos autos considera-se que a ocorrência de Urânio nos poços de Lagoa Real, veiculada na imprensa, não possui relação com as atividades desenvolvidas pela INB na região e licenciadas pelo Ibama, não tendo sido identificados também indícios de irregularidades no processo de licenciamento”. Confira aqui o processo.

A INB destacou ainda na nota que “lamenta ver a população exposta novamente a esses questionamentos esclarecidos desde 2016, mas reitera que está à disposição para prestar qualquer informação aos cidadãos e aos órgãos competentes”.