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PF deflagra Operação “Ciranda de Pedra” em combate ao desvio de cerca de R$ 1,5 mi em recursos públicos no sudoeste baiano

Terça / 24.07.2018

Por Redação Sertão Hoje

A operação investiga obras inacabadas na pavimentação em Maiquinique, que deveriam ter sido executadas nas ruas do município. (Foto: Anderson Oliveira / Blog do Anderson)

A Polícia Federal de Vitória da Conquista, em conjunto com a Controladoria Geral da União, deflagrou, nesta terça-feira (24), a Operação Ciranda de Pedra, em oito cidades da Bahia. A ação tem como objetivo combater crimes de desvio de recursos públicos destinados a área da infraestrutura na cidade de Maiquinique, também no sudoeste do estado, nos anos de 2012 a 2017. Vinte mandados de busca e apreensão e 14 mandados de intimação são cumpridos nos municípios de Maiquinique, Macarani, Itapetinga, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Jequié, Mirante e Vitória da Conquista. A organização criminosa obteve contratos da ordem de R$ 3.428.183,03, dos quais R$ 1.587.619,76 está estimado como o valor do desvio com ordem de bloqueio judicial.

A operação é resultado de uma investigação iniciada em 2017, sobre obras inacabadas na pavimentação em Maiquinique, que deveriam ter sido executadas nas ruas do município. Para realização das obras, foram feitos seis procedimentos licitatórios no quadriênio 2013-2016, em convênio com o Ministério das Cidades. Além dos serviços não executados ou parcialmente executados, a investigação aponta que um grupo de quatro empresas fazia revezamento nas licitações e parte dos recursos era destinada a pagamentos de parentes e pessoas ligadas à administração municipal. Ainda conforme as investigações, algumas dessas empresas, vencedoras de licitações recorrentes, serviam apenas de "fachada" e eram compostas por sócios "laranjas". Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e fraude à licitação. Segundo a PF, o título "Ciranda de Pedra" traduz uma fonte de múltiplos significados. No entanto, a "ciranda" da obra de Lygia Fagundes Teles é formada por pedras, simbolicamente representando a sua dureza, a desintegração, o fechamento entre os participantes e a não aceitação de novos membros.

Fonte: G1

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