Policiais civis da Bahia irão paralisar as atividades por 24 horas nesta sexta-feira (2)
Quinta / 01.12.2016
Por Redação Sertão Hoje
Nesta sexta-feira (2), todas as categorias da Polícia Civil do Estado da Bahia e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) irão paralisar as atividades por 24horas, conforme deliberação da Assembleia Unificada que ocorreu no dia 25 de novembro, na Faculdade Visconde de Cairu. Delegados, investigadores, escrivães, peritos criminais, peritos técnicos, médicos legistas e odontos, a partir das 9hs, vão realizar um ato público em frente ao Centro de Operação e Inteligência (COIN), próximo à Secretaria de Segurança Pública, localizado no CAB. No local, será feito um protesto em repúdio à precariedade e falta de estrutura das unidades policiais e em defesa do Anteprojeto de Reestruturação Salarial das Carreiras, já entregue a SAEB. Os serviços essenciais serão mantidos de acordo com o percentual exigido por Lei.
O Presidente do SINDPOC, Marcos Maurício, destaca que 90% das delegacias do Estado estão inadequadas, com condições de extrema precariedade e diversas delegacias foram instaladas em casas residenciais. Maurício esclarece que o objetivo da paralisação é chamar atenção da sociedade e do Governo em relação à situação da Polícia Civil “que está falida” e passando por muitas necessidades. “A Secretaria de Segurança Pública investiu R$ 260 milhões na construção do COIN e, enquanto isso, as delegacias estão totalmente abandonadas”, criticou Maurício. O Presidente da Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (ADPEB), Fábio Lordello, enfatiza que na tabela salarial, a nível nacional, a Polícia Civil baiana possui a pior remuneração do Brasil. Lordelo explica que a partir de sábado (3) a categoria irá trabalhar sob o regime de Operação Padrão, ou seja, a categoria só vai executar as atividades que estiverem com todas as condições de trabalho exigidas por Lei.
Ary Alves, Presidente da Associação dos Investigadores (ASSIPOC), lembra que a paralisação será feita por todas as categorias com o intuito de pressionar o Governo para que o Anteprojeto de Reestruturação Salarial da Polícia Civil e Polícia Técnica seja sancionado pela Assembleia Legislativa. “Reivindicamos a valorização profissional, melhores condições de trabalho, a nomeação dos concursados de 2013, 2014 e os remanescentes de 1997, para podermos prestar um bom serviço à sociedade. Hoje temos policiais que precisam fazer bicos para complementar a renda”, criticou a liderança. O Presidente da Associação dos Escrivães (AEPEB), Luiz Carlos, ressalta que a Assembleia é soberana e os escrivães vão seguir a deliberação de paralisação.