Sertão Hoje

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IBAMA: urânio em águas de poço na Bahia é de origem natural e não tem relação com as atividades da INB

Quarta / 13.04.2016

Por Redação Sertão Hoje

O órgão ambiental assegura que o problema da ocorrência de urânio no poço tubular não apresenta relação com as atividades minerárias e industriais na INB Caetité.

O IBAMA concluiu que os teores de urânio detectados nas águas de poço na localidade de Varginha, município de Lagoa Real, são provenientes do ambiente geológico em que se insere. A conclusão se deu a partir de estudos e análises sobre as condições da geologia, além da hidrologia da região de Caetité e dos programas de monitoramento ambiental e radiológico desenvolvidos pela Unidade de Concentrado de Urânio das Indústrias Nucleares do Brasil. O órgão ambiental assegura, em parecer enviado à INB, que: “o problema da ocorrência de urânio no poço tubular, objeto de investigação, não apresenta relação com as atividades minerárias e industriais na INB Caetité. Mas sim com os condicionantes geológicos e geoquímicos locais, notadamente, caracterizados pela presença de rochas mineralizadas em urânio”. E que estão “sanadas as dúvidas em razão da ocorrência de urânio ultrapassando os limites legais”.

O parecer do IBAMA comprova estudos elaborados pela INB reunidos no relatório “Considerações geológicas – estruturais e hidrogeológicas”. O relatório trata, dentre outros temas, da geologia da região, das bacias hidrográficas, de dados geológicos e geoquímicos das rochas onde se localiza o poço e da avaliação integrada de fatores ambientais. Além desse material o IBAMA, também se apoiou em estudos científicos publicados pelas seguintes entidades e veículos de divulgação científica: Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Instituto de Geociências da Universidade de Brasília, Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, Revista Brasileira de Ciências Ambientais e Journal of Environmental Management. Em seu parecer, o órgão concorda que não existe interligação entre a bacia hidrográfica onde se situa a INB Caetité e aquela onde se encontra o poço em questão, o que inviabiliza a possibilidade de contaminação das águas em decorrência das atividades de mineração. O IBAMA observa que o poço foi perfurado em local onde existe uma jazida natural de urânio (anomalia 7), portanto, a fonte dos teores de urânio no poço tubular não é externa, mas originária do próprio local no qual foi perfurado.

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