Sertão Hoje

Sertão Hoje

Bahia adere à campanha Vacina Mais

Quinta / 30.06.2022

Por Redação Sertão Hoje

A campanha visa ampliar as taxas de cobertura das vacinas no Brasil que vem sofrendo sucessivas quedas nos últimos anos. (Fotos: Divulgação / Sesab)

Uma campanha com ampla mobilização da sociedade civil brasileira e organismos internacionais, como a Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS), foi lançada nesta quarta-feira (29) em Brasília pelos Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems): a Vacina Mais, que visa ampliar as taxas de cobertura das vacinas no Brasil que vem sofrendo sucessivas quedas nos últimos anos.

“É preciso haver esse reconhecimento de que, como nação, nossas coberturas estão decrescentes, muito em função de um movimento antivacina que ganhou força no Brasil nos últimos anos. Vamos nos esforçar e nos unir nessa grande campanha de integração em prol da reafirmação do compromisso em favor da Saúde e da vida”, afirmou a secretária da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Adélia Pinheiro.

Na Bahia, até 2015 a média de cobertura das principais vacinas indicadas ao público infantil esteve acima da meta. Nos anos seguintes, esse percentual vem decrescendo gradualmente, potencializando o risco de retorno de doenças que já vinham sendo mantidas sob controle ou estavam eliminadas e erradicadas.

A vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite (VIP), por exemplo, teve redução na cobertura de 58% em 7 anos. Em 2015 a cobertura era de 92, 9%. Caiu para 76,9% em 2016, manteve esse patamar em 2017, alcançou uma cobertura levemente superior em 2018 (77,2%) e depois só caiu: 65% em 2019, 63% em 2020 e 54,6% ano passado. Já a BCG, que é uma vacina indicada para ser aplicada nas primeiras horas de nascimento, preferencialmente ainda na maternidade, e previne as formas graves de tuberculose, teve sua cobertura reduzida drasticamente no estado, passando de 100% de cobertura, em 2015, para apenas 48,7% em 2021. 

“Várias hipóteses são levantadas para justificar este cenário, como a falsa sensação de segurança dos pais atuais, que não convivem mais com essas doenças justamente por causa do sucesso das campanhas de vacinação em massa mediadas pelo PNI no passado”, enfatiza Ramon Saavedra, técnico da Vigilância Epidemiológica da Bahia.  
 

Comentários

Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.