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PF faz operação para prender ex-ministro da Educação e pastores por esquema de liberação de verba

Quarta / 22.06.2022

Por Redação Sertão Hoje

A operação investiga a atuação informal de pastores, envolvendo tráfico de influência e propina, na liberação de verbas do FNDE, do MEC. (Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (22), uma operação que tem como alvos o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo, com liberação de propina, para liberação de verbas dentro do Ministério da Educação (MEC). As informações são do G1.

O inquérito foi aberto após o jornal "O Estado de S. Paulo", em março, revelar a existência do gabinete paralelo dentro do MEC comandado por pastores. Dias depois, o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva. "Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", disse o ministro no áudio. "Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", complementou Ribeiro, que deixou o comando do MEC após o áudio vim a público. Em vídeo, o presidente Bolsonaro chegou a dizer que botava "a cara no fogo" por Ribeiro.

O caso envolve suspeitas de corrupção. Prefeitos denunciaram pedidos de propina – em dinheiro e em ouro – em troca da liberação de recursos para os municípios. Milton Ribeiro disse que pediu apuração dessas denúncias à Controladoria-Geral da União (CGU). De acordo com apuração da TV Globo, a operação investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao MEC. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.

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