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Codevasf realiza a soltura de 9 mil pacamãs no Rio São Francisco

Sexta / 23.10.2020

Por Redação Sertão Hoje

Dados do ICMBio indicam que o pacamã é uma espécie vulnerável, inclusive com risco de extinção. (Fotos: Divulgação / Codevasf)

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) realizou na Bahia a soltura de nove mil alevinos de pacamã (Lophiosilurus alexandri) a fim de promover o repovoamento no Rio São Francisco. A ação foi realizada em outubro pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique, responsável pela produção dos alevinos. O centro é vinculado à 2ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa.

“Vale salientar que o pacamã é uma espécie endêmica da bacia do Rio São Francisco e que sua carne é muito apreciada pelos ribeirinhos e, portanto, bastante valorizada pelos pescadores, aquaristas e vem despertando a atenção de piscicultores. Por meio do trabalho realizado pela 2ª Superintendência Regional da Codevasf, o Médio São Francisco baiano recebeu neste ano, até o momento, 575 mil alevinos de espécies nativas, incluindo 72 mil alevinos de pacamã”, diz Antônio do Nascimento, chefe do Centro de Xique-Xique.

Dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) indicam que o pacamã é uma espécie vulnerável, inclusive com risco de extinção. Por esse motivo, vários estudos têm sido realizados com o objetivo de desenvolver a reprodução, larvicultura e alevinagem da espécie, objetivando principalmente os programas de repovoamento, cujos resultados têm sido positivos. A tecnologia reprodutiva do pacamã também está sendo usada em outros centros integrados da Codevasf, como os de Três Marias (MG); Bebedouro, em Petrolina (PE); Itiúba, em Porto Real do Colégio (AL); e Betume (SE).

“A ictiofauna do São Francisco é um recurso imensurável para população que dela depende, e a redução dos estoques impacta diretamente o modo de vida do ribeirinho. Por isso, as ações dos centros integrados da Codevasf possuem elevada importância, não somente em termos ambientais, mas também para a socioeconomia da bacia do São Francisco”, finaliza Antônio do Nascimento.

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