Sertão Hoje

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Jequié: Prefeito é afastado em operação da PF que apura fraudes em contratos e desvio de verbas no Município

Terça / 15.09.2020

Por Redação Sertão Hoje

O afastamento foi expedido pelo TRF-1 e vale por 60 dias. A Prefeitura de Jequié informou que, por enquanto, não vai emitir nota sobre o caso. (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Uma operação da Polícia Federal (PF) foi deflagrada na manhã desta terça-feira (15) para combater crimes de fraude à licitação e a direitos trabalhistas, além de desvio de verbas públicas, em Jequié, no sudoeste da Bahia. Como parte da operação, foi cumprido um mandado judicial que determinou o afastamento do prefeito Sérgio da Gameleira (PSB) pela segunda vez. O afastamento foi expedido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e vale por 60 dias. A Prefeitura de Jequié informou que, por enquanto, não vai emitir nota sobre o caso.

• O prefeito de Jequié já havia sido afastado em junho deste ano, para investigação de improbidade administrativa por parte do MP-BA;

Batizada de Guilda de Papel, a operação cumpre 10 mandados de busca e apreensão e outras cinco medidas cautelares diversas da prisão. Além de Jequié, as ações foram realizadas também na cidade de Feira de Santana. De acordo com a PF, as investigações começaram em 2019 depois que vereadores de Jequié fizeram representações relatando que uma suposta cooperativa teria vencido uma licitação para o fornecimento de mão de obra terceirizada, para prestação de serviço para diversas secretarias do município.

Nos documentos apresentados pelos vereadores, no entanto, a suposta cooperativa, na verdade, seria uma empresa intermediadora de mão de obra, que estaria cobrando valores muito superiores ao que eram pagos aos prestadores de serviço. Os vereadores identificaram ainda que "verbas fictícias" também estavam sendo pagas a pessoas que nunca integraram o quadro de funcionários da suposta cooperativa. A PF então analisou um pregão presencial feito pela Prefeitura de Jequié e identificou um contrato de R$ 29.264.658,72 para o fornecimento de profissionais para todas as secretarias do município. A PF também constatou que a licitação foi realizada em lote único, uma modalidade que contraria a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Constas da União (TCU). A licitação foi vencida pela suposta cooperativa.
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