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Prefeitos querem recomposição do FPM até dezembro

Segunda / 22.06.2020

Por Redação Sertão Hoje

O assunto foi discutido em reunião virtual realizada pela CNM com entidades municipalistas de todo o Brasil na última sexta-feira (19).

Principal fonte de receita para cerca de 80% dos municípios baianos, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) vem sofrendo perdas significativas decorrentes da retração econômica durante a Pandemia do Coronavírus (Covid-19). Em abril deste ano, a Medida Provisória (MP) 938 instituiu a recomposição do fundo por 4 meses, entretanto a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), atenta que devido as dificuldades financeiras a recomposição deve se estender para além desse prazo, uma vez que não há vacina e a curva de contaminação do vírus continua ascendente no país. O assunto foi discutido em reunião virtual realizada pela CNM com entidades municipalistas de todo o Brasil na última sexta-feira (19).

O Deputado Federal Hildo Rocha (MDB-MA), que é autor da proposta que estende essa recomposição, demonstrou preocupação com os rumos do debate na Câmara dos Deputados e alertou a importância da articulação dos prefeitos com seus Deputados. O diretor da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Caculé, Beto Maradona, questionou o parlamentar sobre a falta de compromisso dos representantes brasileiros no Congresso. “Estamos discutindo o pacto federativo há anos e por que não avança? O atual governo se elegeu pregando “mais Brasil, menos Brasília” e não resolvemos essa situação pra que a gente evite ficar discutindo as quedas do FPM o tempo todo”, perguntou Maradona.

Em resposta. o Deputado Hildo Rocha também alertou os gestores sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021. “A arrecadação da União tem caído, cairá ano que vem também. Ainda não sabemos quem será o relator da LDO, a renda deve diminuir, já são 28 milhões de desempregados, o imposto de renda deve diminuir e isso será um problema orçamentário. Não temos se quer a formação da comissão da LDO do ano que vem ainda”, afirmou. Além dessa preocupação, a CNM acrescentou a necessidade de pautar o novo Fundeb, o 1% do FPM para setembro e melhorar pontos do PLC 173 de flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal.

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