Sertão Hoje

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Projeto Ceraíma retoma produção irrigada e impulsiona economia na região de Guanambi

Segunda / 27.04.2020

Por Redação Sertão Hoje

A alteração no sistema fez com que o projeto passasse a ter uma alta eficiência no uso de recursos hídricos, chegando a 85% do uso da água. (Foto: Divulgação / Codevasf)

Guanambi já está sentindo os efeitos das obras de reestruturação e modernização do projeto público de irrigação Ceraíma, realizadas em 2019, pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que estima que serão ofertados, entre agosto de 2019 e agosto desse ano, cerca de 4,5 hm³ (hectômetros cúbicos) de água aos irrigantes, uma economia de quase 70% quando comparada aos 15 hm³ utilizados anualmente antes de 2008, quando a irrigação foi suspensa. Isso é resultado da mudança na infraestrutura, com a substituição do antigo sistema de irrigação por sulcos pelo atual sistema de irrigação por microaspersão. A alteração no sistema fez com que o projeto passasse a ter uma alta eficiência no uso de recursos hídricos, chegando a 85% do uso da água. Hoje, Ceraíma também possui um sistema de condução de água por meio de tubulações fechadas, ao contrário das estruturas abertas que existiam antes, o que também elevou a eficiência, chegando a estimados 95%. “Um aspecto muito positivo é a geração de emprego e renda. Estima-se que esse empreendimento vai gerar, direta e indiretamente, de 3.000 a 3.500 empregos, movimentando a economia de toda a região”, afirma o chefe do Escritório da Codevasf em Guanambi, vinculado à 2ª Superintendência Regional, Hudson Faria.

Em função do bom volume atual do reservatório de Ceraíma, os usuários estão utilizando a própria pressão da barragem, sem usar os sistemas de pressurização individuais existentes nos lotes. Isso reduz os custos para os irrigantes, que não têm, atualmente, a despesa coletiva com energia. “É um sistema que, dependendo do volume da barragem, dispensa o uso de energia elétrica por parte dos irrigantes, uma vez que a barragem está localizada em uma posição privilegiada em relação ao perímetro”, explica Hudson Faria.

O início dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Gerencial também foi outro fator que trouxe ânimo aos produtores locais. A ação é fruto de parceria entre a Codevasf, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). “Fizemos uma análise de todos os produtores, do que mais se cultiva aqui na área e, após um diagnóstico, fizemos um cadastro dos cerca de 150 produtores, que foram agrupados em cinco turmas – duas turmas de banana, uma de goiaba, uma de manga e uma de pecuária de bovinos de leite. Estamos aguardando a liberação do Senar para dar continuidade ao serviço, após o final da quarentena”, explica a engenheira agrônoma Camila Nogueira Oliveira.
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