Sertão Hoje

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Bahia tem 13% da população em extrema pobreza

Quinta / 07.11.2019

Por Redação Sertão Hoje

Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, com base em dados de 2018, divulgada nesta quarta (06) pelo IBGE. (Foto: Reprodução / Ruvid.org)

O Brasil atingiu um nível recorde de pessoas vivendo em condições de miséria no ano passado, 13.537 milhões, contingente maior do que toda a população da Bolívia. Na Bahia, quatro em cada dez baianos (42,9% da população) e um em cada cinco soteropolitanos (22,3%) vivem nessa condição. Em números absolutos, são 6,3 milhões de pobres e 1,9 milhão de extremamente pobres no Estado.  Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, com base em dados de 2018, divulgada nesta quarta (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora tenha a quarta maior população, a Bahia era, em 2018, o estado com maior número absoluto de pessoas abaixo da linha de pobreza. Em termos percentuais (42,9%) tinha a sétima maior proporção de pobres do Brasil. Dentre os estados, Maranhão (53,0%), Alagoas (48,4%) e Amapá (45,8%) tinham os maiores percentuais de pessoas abaixo da linha de pobreza; enquanto Santa Catarina (8,0%), DF (13,1%) e Rio Grande do Sul (13,1%) tinham os menores. Tanto na Bahia, quanto no resto do Brasil, o percentual de pobres caiu em 2018 pela primeira vez depois de três anos de crescimento. Nos dois casos, porém, a redução ainda está bem distante do menor patamar da série de medições do SIS ( iniciada em 2012), que foi o índice verificado em 2014. Naquele ano, 37,5% dos baianos e 22,8% dos brasileiros estavam abaixo da linha de pobreza.

A pesquisa do IBGE considerou a classificação do Banco Mundial para a pobreza extrema, ou seja, pessoas com rendimentos inferiores a US$ 1,90 por dia, o equivalente a cerca de R$ 145,00 mensais (pelo método de paridade de poder de compra) no Brasil. Na Bahia, essa linha do Banco Mundial equivalia, em 2018, a um ganho mensal de apenas R$ 143. “O principal programa de redução de pobreza do Brasil tem uma linha de corte de R$ 89,00. Mesmo a pessoa recebendo Bolsa Família, ela vai estar abaixo de uma linha de pobreza global. Está bastante longe dos R$ 145,00. A linha usada para administração do Bolsa Família está abaixo da linha de pobreza internacional”, lembrou Leonardo Athias, técnico também na Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

Fonte: Correio*

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