Sertão Hoje

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Guajeru: Gil Rocha respeita decisão do TCM, mas discorda que nomeação tenha trazido prejuízo ao município

Sexta / 24.07.2015

Por Aloísio Costa

Prefeito Gil Rocha: 'A nomeação foi uma decisão para socorrer o município em um momento de emergência, não se tratando de um favorecimento'

Nesta quarta (22), o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) multou o prefeito de Guajeru, Gilmar Rocha Cangussu, pela prática de nepotismo, considerando irregular a nomeação da sua esposa, Marta Santos Lima Rocha para o cargo de Tesoureira. Em nota o prefeito Gil Rocha comentou a decisão do TCM e ressaltou que ‘a nomeação foi uma decisão para socorrer o município em um momento de emergência, não se tratando de um favorecimento’.

Segundo o prefeito, a nomeação de Marta Lima, que é funcionária concursada do município e já exercia cargo administrativo na Prefeitura de Guajeru desde 2006, se deu em virtude do afastamento do então tesoureiro, Pablo Carpejane, que em junho de 2014 pediu para ser desligado do cargo, alegando motivos pessoais. Diante desta situação, e tendo em vista o momento de crise e de cortes de gastos que o município atravessava, ‘tivemos a necessidade de nomear alguém que já fizesse parte do governo, que tivesse inteirado das ações que vinham sendo realizadas por nós e, principalmente, que fosse alguém do quadro efetivo e que não viesse a onerar a folha no momento em que víamos fazendo demissões e cortando despesas com pessoal. Além disso, precisávamos de alguém com conhecimento e habilidades para ocupar o cargo’, ressaltou.

Rocha destaca que desde a nomeação, em julho de 2014, a funcionária Marta Lima já tinha conhecimento que sua permanência no cargo seria por um curto período, suficiente para que ‘a casa fosse colocada em ordem’, com a normalização das contas públicas e o equilíbrio financeiro que o município alcançou em virtude de uma série de ações que foram tomadas pelo atual governo e também pela sua competência como Tesoureira. E em maio deste ano, já com as contas em ordem, a funcionária Marta foi exonerada, antes mesmo de qualquer decisão do TCM.

O prefeito disse respeitar a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios e entende que a corte avaliou a situação no entendimento técnico, de forma correta, mas considera que a nomeação não trouxe nenhum tipo de prejuízo para o município, nem tão pouco para o povo guajeruense, muito pelo contrário. Ele destaca que é fato público e notório que nos últimos anos Guajeru conseguiu se estabilizar financeiramente, mesmo diante de todas as dificuldades enfrentadas, quando, em janeiro de 2013, recebeu um município atolado em dívidas, sem crédito junto aos fornecedores e com os salários dos funcionários atrasados. ‘Nesse período de dois anos e meio de mandato, tendo em boa parte dele a funcionária Marta à frente de Tesouraria, conseguimos reverter a situação caótica na qual recebemos o município. Ajustamos, controlamos e ordenamos as contas públicas e hoje vivemos uma situação completamente diferente: pagamos os salários atrasados dos servidores públicos (dívida deixada pela ex-gestão); renegociamos dívidas herdadas com a Embasa, Coelba, PASEP e INSS; mantemos em dia o pagamento dos funcionários, inclusive 1/3 de férias e o 13º salário; mantemos em dia o pagamento do transporte escolar e ainda investimos, com recursos próprios, em ações de melhorias para o município como: o calçamento de vias públicas, aquisição de uma nova ambulância, recuperação de estradas e reforma e ampliação de escolas públicas do município’, enfatizou.

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