Sertão Hoje

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Padre Ezequiel Dal Pozzo

Padre Ezequiel Dal Pozzo é cantor e compositor, lidera o Projeto Despertai para o Amor, de evangelização através da música. Já lançou 5 CDS e 1 DVD e roda o Brasil com shows musicais, palestras, missas e pregações. Apresenta o programada de rádio reflexão Despertai para o Amor e o programa de TV Despertai para o Amor. É editor da Revista Despertai para o amor e autor do livro "Beber na fonte do amor”.

Saber envelhecer

Envelhecer bem é importante. Muitas pessoas não envelhecem bem e chegam no tempo da velhice muito mal, com muitas angústias e dificuldades. Envelhecemos naturalmente, mas a qualidade do envelhecimento é uma arte. Se seremos bem-sucedidos ou não nessa arte, isso depende de como nós vivemos. A sabedoria é o ingrediente principal para a arte de envelhecer.

Para bem envelhecer é importante o conhecimento. Conhecer o ser humano e conhecer-se, a fim de apreender a lidar consigo mesmo e com a vida. Fazer o processo de evolução humana. Não estacionar a vida no básico. Colocar-se no caminho de busca permanente. Ir transformando-se aos poucos a partir de dentro. É preciso saber o que se passa em nós e conosco, afim de aprender a arte de envelhecer. Quem envelhece bem é inspiração para os demais. Como tudo na vida, nós transmitimos o que somos. Aquele que envelheceu bem, transmite aos demais a boa notícia da sabedoria da velhice.

Nós envelhecemos como vivemos. Se você vive bem em cada fase da vida, então envelhecerá bem. As pesquisas mostram que as pessoas que vivem mal na meia idade, quando chegam a velhice continuarão queixosos e com muitas dificuldades. Aqueles que vivem meia no decorrer da vida, chegam idosos felizes e realizados. Esse dado impulsiona a buscarmos o melhor todos os dias, sem postergar a resolução de problemas internos e de autoconhecimento. Quando falo de problemas internos me refiro a padrões de comportamento rígidos ou reprimidos, ansiedades, fobias, bloqueios, emoções não resolvidas, etc.

Quem envelhece bem vive bem e quem vive bem reparte sua vida com os outros. Com a nossa vida sempre mostramos algo aos outros, que os enriquece. Santo Agostinho dizia que começamos a envelhecer desde o nascimento e esse processo dura toda a vida. Podemos comparar essa arte com a natureza. A primavera é o tempo do desabrochar da vida, da jovialidade e da vivacidade. A plenitude da vida é o tempo de verão. O outono é a colheita e o inverno é o temo do repouso, da quietude e do descanso, para que a nova vida possa surgir. Esse amadurecimento é arte e arte se aprende, se busca e se aperfeiçoa a cada dia.