Sertão Hoje

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Irlando Oliveira

Irlando Lino Magalhães Oliveira é Oficial da Polícia Militar da Bahia, no posto de Tenente Coronel. Possui especialização em Gestão da Segurança Pública, pela UNEB; Direitos Humanos, pela Faculdade Dois de Julho; e Programa de Desenvolvimento Gerencial Integrado (PDGI), na área de Gestão de Segurança Pública, pela UNEB e Fundação de Administração e Pesquisa Econômico-Social (FAPES).

O governo baiano prova e comprova a sua insensatez

Após um largo período à frente do executivo baiano, de 2007 até o presente momento, o governo petista dá mostra da sua insensatez e capacidade de solver graves problemas com soluções simplórias. Desta vez, a adoção das medidas açodadas vem após o reajuste salarial dos ministros do STF, que serve de base para várias categorias de servidores públicos, dando azo ao natural “efeito cascata”.

Ora, que medidas devem ser adotadas isto não temos a menor dúvida! Agora, desejar, ainda mais, espoliar o servidor público, buscando nele identificar a razão pela qual o Estado cambaleia financeiramente, vai uma distância muito grande! Afinal, já somam mais de um decênio de gestão petista na Bahia, cujos reflexos nefastos vêm vindo à tona desde há muito, sem quaisquer medidas efetivas que visassem suavizar o caos financeiro do Estado!

Aliado à espúria intenção de aviltar o servidor, humilhado e vilipendiado ao longo desses fatídicos anos, a insensatez se avulta na medida em que se pretende aumentar a alíquota do Funprev, de 12 para 14%. Mais uma vez se busca fazer com que o funcionário público arque com parte das contas públicas malversadas, apanágio bem próprio da esquerda, cujos efeitos ressoam, à saciedade, no cenário nacional.

Por outro lado, temos constatado que, paradoxalmente, a mesma intensidade que tem movido o governo em “solver” os problemas do Estado, na tentativa vã de se retirar benefícios garantidos judicialmente aos seus servidores, para cobrir “despesas” do erário estadual, não tem se verificado no pagamento dos precatórios — uma verdadeira excrescência na Bahia —, os quais inclusive têm desrespeitado o Estatuto do Idoso, que prevê a prioridade no pagamento.

Desta forma, esperamos que tais medidas possam não ter reverberação na Assembléia Legislativa da Bahia, a qual tem sabido conduzir, com maestria, as artimanhas de um governo que tem se mostrado insensível aos problemas dos funcionários públicos, pois, se assim não for, aquela casa legislativa assumirá a mesma insensatez que vem permeando as gestões iníquas!