Sertão Hoje

Sertão Hoje

Colunistas

Dário Teixeira Cotrim

Membro da Academia Montes-clarense de Letras e dos Institutos Histórico e Geográfico de Montes Claros (MG), de Feira de Santana (BA) e da Bahia. Dário também é sócio correspondente da Academia Caetiteense de Letras.

Dário, o cantor de Montes Claros

Costumo provar que a Literatura é a mais bela e nobre das seis artes. Não é preciso desfilar grandes autores, literatos e poetas, que engrandecem o nosso idioma pátrio, porquanto foi qualificado, no enobrecedor soneto “Língua Portuguesa”, de Olavo Bilac (1865-1918), em seu primeiro verso, como “Última flor do Lácio inculta e bela”, se referindo ao vernáculo Português, como a última língua derivada do Latim Vulgar, falada no Lácio, uma região italiana, daí porque latina ou românica assim como as mais faladas: Francês, Espanhol e Italiano.

Ao exibir-se uma peça de Teatro, uma Escultura, telas de Pintura, executar-se uma Música ou a Arquitetura mostrar um palácio ou um castelo grandioso, a fidalga Literatura está presente em seus catálogos, libretos, partitura e construção dos diálogos.

Debruçar-se sobre uma página em branco e desvirginá-la com um texto convincente, levando o leitor ao êxtase ou ao melhor aproveitamento possível, eis uma soberana qualidade do Acadêmico DÁRIO TEIXEIRA COTRIM.

Prolífico nas palavras e fecundo na sua criatividade, eis que encontro em sua farta bibliografia, um esmerado poeta (inclusive de cordel), historiador, romancista, biógrafo, dramaturgo, cronista e documentarista, tendo participado de várias antologias, com seu respeitável trabalho.

Não é, pois, à toa que sua obra foi reconhecida e levou o Escritor (com maiúscula mesmo) a integrar a Academia Mineira de Letras (sócio correspondente) e, como tal, a Montes-clarense (sócio fundador), bem como os Institutos Histórico e Geográfico de Minas Gerais (sócio emérito) e de Montes Claros (sócio fundador), além de pertencer a várias academias regionais, o que consolida o seu talento invejável. Daí porque, também, inúmeras medalhas foram-lhe concedidas.

Acabo de ler, com avidez e embevecido, “Crônicas Históricas de Montes Claros”, incluindo outras crônicas de sua lavra, em que narra, detalhadamente, a chegada das tropas de burros, suas primeiras construções, incluindo, aí, igrejas, casarões, sobrados, mercados, chafarizes, cinemas, abertura de ruas e praças, sem se esquecer, sequer, que as primeiras e rudimentares construções foram de taipa grossa e barro batido.

Pormenorizadamente aí estão artistas e artífices, escritores, profissionais liberais, comerciantes, políticos e todos os homens e mulheres de bem que foram indispensáveis à grandeza da “Cidade da Arte e da Cultura”, no sábio dizer do dramaturgo Reginauro Silva, desde Montes Claros de Formigas, o povoado, até a atual metrópole, berço do saudoso e inesquecível Darcy Ribeiro, cujo município honra e dignifica o Estado de Minas Gerais e o Brasil.

DÁRIO, bom baiano de Guanambi, a doce Beija-Flor de outrora, fincou raízes, há décadas, em sua querida e declamada Montes Claros, onde Eros (ou Cupido?) o levou a conhecer dona JÚLIA MARIA, que lhe concebeu Leandro, Ramon e Marcel, os quais lhes trouxeram seis netos, para total felicidade de ambos.

Que o avô DÁRIO continue na sua jornada vitoriosa e profícua, para gáudio de seus circunstantes e leitores.

 

TIÃOZITO.
Belo Horizonte (MG), 23/2/2015.