Sertão Hoje

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Colunistas

Dário Teixeira Cotrim

Membro da Academia Montes-clarense de Letras e dos Institutos Histórico e Geográfico de Montes Claros (MG), de Feira de Santana (BA) e da Bahia. Dário também é sócio correspondente da Academia Caetiteense de Letras.

E AGORA JOSÉ?

E agora José? Como fazer para atender a voz das ruas? Certamente que o ilustre Juiz Sérgio Moro já sabe qual o caminho a seguir. É obvio que o chamamento das ruas, com a indignação popular do momento, sobrepõe qualquer manipulação do Supremo Tribunal Federal ou da Procuradoria Geral da República. As tramoias do senhor Luís Inácio Lula da Silva não mais terão sustentação no Congresso Nacional, que já vem em estado da penúria com a corrupção do deputado Eduardo Cunha e do senador Renan Calheiros. “A vos do povo é a voz de Deus” fato que não podemos deixar de reconhecer depois do estrondoso movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em todas as unidades da federação. Aliás, em Minas Gerais somente nas cidades de Montes Claros e Coronel Fabriciano houve fracassadas manifestações a favor de Dilma e Lula. Uma vergonha para nós montes-clarenses!

Nota-se que, nunca na história política deste país, as ruas foram ocupadas por manifestantes com tamanha ordem e determinação, tendo como foco principal a repulsa a Dilma, a Lula e ao PT. Nesta hora, entendemos que o pior cego é aquele que não quer ver tremular o verde e o amarelo das bandeiras nas ruas e praças das cidades, pois ainda tem gente debatendo, esperneando e defendendo os desmando do governo federal, menosprezando os gritos dos aflitos somente para garantir as benesses advindas do dinheiro das propinas. É uma falta de pudor quando se escuta uma insolente deputada federal (Jandira Feghall) dizer que só havia pessoas brancas nas manifestações deste final de semana. Isso é um ato preconceituoso, indigno e mentiroso de uma irresponsabilidade sem precedente na história política da nação brasileira.

O senador Aécio Neves foi vaiado. Foi! Isso é um fato. Não se pode obter uma unanimidade numa multidão de milhões de pessoas. Havia, sim, pessoas contrárias aos políticos do PSDB, PMDB e tantas outras agremiações, o que é de todo natural. Entretanto, dizer que este notável movimento foi arquitetado pelas elites é um descalabro sem sustentação e sem lógica. Pois, estavam ali presentes homens, mulheres e crianças, pessoas de todas as idades, sem distinção de raça, religião ou de classe social. A concentração humana – ou a multidão do bem – deste final de semana foi realizada para combater a corrupção nos governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff e nada mais.

Agora, a insensatez da presidente Dilma Rousseff tem três frentes ao seu desfavor: a renúncia, que seria o menos trágico e pouco provável de acontecer; o veredito do processo de anulação das eleições, o que corre no Supremo Tribunal Eleitoral ou, simplesmente, o impeachment, que será o caminho, não tão fácil, mas o mais provável de acontecer. Enquanto isso, o ex-presidente Lula se prepara para assumir um ministério no governo e se livrar das garras do magistrado, doutor Sérgio Moro.

Dilma Rousseff comete crime, conforme o Art. 351, § 4 do Código Penal e Decreto Lei 2848/40 em dificultar a ação da Polícia Federal, blindando Lula da Silva no cargo de ministro dando-lhe foro privilegiado. É sabido que lugar de bandido é na cadeia, isso não obstante o Lula dizer que quem fica rico quando rouba vira Ministro. E agora José? Qual será mesmo o destino da família Lula da Silva? Será a cadeia ou o asilo político (Cuba ou Venezuela). O Juiz Sérgio Moro dirá isso em pouco tempo.