Sertão Hoje

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Aurélio Rocha

brumadense, paramiriense e caetiteense, Aurélio Rocha é médico, formado pela UFBA, turma de 1963. É professor Titular de Ginecologia-Obstetrícia da Faculdade de Itajubá-MG

É MUITA GENTE!

Iriamos começar já abordando o problema que constitui difícil solução: populações. Ai deixo para segui-la porque a queda do avião lá na Europa, nos Alpes franceses e a morte de 150 pessoas (incluindo 16 jovens colegiais) assusta a quem já não é grande amantes de viagens, mesmo em “boings”. Agora já se afirma que o copiloto aproveitou a ida do comandante para “verter águas” e se suicidou levando a aeronave para os rochedos. Em que pose a segurança dos aviões, lá em Madri – Espanha – o jornal de destaque “El País” estampou hoje uma parte da entrevista dada por “estendido máximo em aviação” de nome Gustavo Barra que fez uma observação durante a entrevista que destacamos:

“... o uso maciço de tecnologia faz com que os pilotos percam nossas habilidades básicas de voo manual, porque já praticamente não as usamos nem as treinamos...” Ficamos a meditar sobre os avanços do progresso tecnológico em varias áreas e até no encolhemos com certo medo. No caso especifico do sinistro de ontem, hoje já se afirmou que ele, o copiloto, aproveitou a saída do comandante e se suicidou ceifando mais 149 vidas ao levar a aeronave direta para os paredões dos Alpes.

Voltando ao tema inicial já que se lamentam as mortes, mas se é obrigado a continuar a viver e comentar sobre os problemas das grandes populações que são concentradas em determinadas regiões, fenômenos bem estudados e que nós brasileiros já sofremos. É assunto cientifico, para debates, que começamos a pensar com mais frequência. Ai, antes de mais nada há que se ressaltar que o aumento da população brasileira é real e a concentração nos grandes centros já é um enorme caos. Nossa população cresceu de maneira rápida e a infraestrutura vem “trotando” no ritmo de um “jumento”. Basta frisar que logo ali em 2010 o Brasil contava com 170 milhões de habitantes. Desse universo cerca de 87% dos brasileiros foram contados nas cidades. No recenseamento de 2045, ou seja, daqui a 30 anos seremos 204 milhões de “tupiniquins”. Com certeza não haverá maioria pelo Junco, Canabravinha etc. os 94% dos 204 milhões estarão abarrotando as cidades. Estaremos acompanhando fenômenos mundiais. Como com certeza dificilmente (levando-se em consideração o nosso despreparo) teremos uma infraestrutura badalada. E ai teremos aumento da energia nos grandes centros, o aumento do gás carbônico, água será racionada em termos reais e assim por diante. Fixa-se no “problema transporte de massa”, que no Brasil anda como cágado e sem levar em conta que um trem equivale a 16 ônibus e 84 automóveis e tem a capacidade de transportar 60 mil passageiros/hora enquanto os “molengas” ônibus ficam para o transporte de pouco mais de seis mil. Um destaque que muita gente nem toma conhecimento; o trem solta 60% menos gás carbônico em relação ao carro e ônibus juntos. Ficamos por aqui. Pesarosos com o desastre aéreo lá nos Alpes franceses e já preocupado com o caos (elevado à  potencia máxima de hoje) lá pelo ano 2045...

Em – 26/03/2015