Sertão Hoje

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Aurélio Rocha

brumadense, paramiriense e caetiteense, Aurélio Rocha é médico, formado pela UFBA, turma de 1963. É professor Titular de Ginecologia-Obstetrícia da Faculdade de Itajubá-MG

DO AVIÃO À RITALINA...

...”um jato de transporte militar que pode ser reabastecido no ar – é o KC-390 da nossa Embraer – levantou voo, ou melhor, decolou de uma pista da empresa lá em São José dos Campos, em São Paulo e milhares de funcionários aplaudiram com entusiasmo...”

Acreditamos – e achamos que não estamos errados – que já provectos estamos se olharmos para trás. Menino lá no Paramirim não sabemos quem mandou que um campo de aviação (era assim que se denominava) fosse construído e houve, em pista de terra crua (óbvio) o pouso do monomotor pilotado pelo Guilherme Castro cuja residência era em Caetité a “metrópole” de então pela tradição do ensino, principalmente, além da quantidade de funcionários públicos existentes.

O piloto “seu” Guilherme Castro já havia, antes do pouso no campo construído, sobrevoado o céu azul do “Paramirim” com a missão de lançar, na praça Santo Antônio (e la, a praça, ainda existe!) um pacote contendo frasco de um antibiótico (penicilina) a ser usado para debelar uma infecção do Sr. Odilon Cardoso, lá de Água Quente, hoje Érico Cardoso. Houve azar porque a encomenda que provavelmente seria salvadora se chocou sobre umas pedras e tudo se perdeu... Dizem que pela falta da penicilina (acreditamos) o pai de Érico e Juquinha, seu Odilon, faleceu. Atestado de óbito, claro dado pelo único médico que por ali chegou em 1936 e enterrado se encontra, com muita honra o nosso pai Dr. Aurélio.

O progresso muitas vezes não resulta só de catástrofes e assim as duas grandes guerras que assistimos no século passado sem dúvida alguma contribuíram para desenvolvimento dos aviões. Dos teco-teco até os jumbos de agora – e isso em pouco mais de 40 anos – a evolução pode ser considerada de “fantástica”. Aliás em toda atividade humana de 1945 para cá isso pode ser notado.

Aqui, agora, não sabemos mesmo as razões, mas mudamos o nosso foco que iria se dirigindo para novidades do momento quando deparamos com duas noticias que de fazer até “crescer cabelo em melancia”  como dizia um amigo que já viajou para o além. A primeira é que o filtro de água, de barro bem entendido, que continua sendo fabricado e em Jabuticabal, São Paulo tem uma indústria importante, aumentará sua produção em 20% o que é significativo. É para armazenar água (isso para quem já esqueceu)!

Outro tema (da mudança, óbvio) é que se o avião evoluiu, há um medicamento que nos chama a atenção: RITALINA. Quando vestibulando, lá pelo idos de 1958, haviam no mercado de contrabando três produtos para se manter acordado: Orthedrine, Perventin e Ritalina. Por muitos anos ficamos sem ouvir falar em tais produtos (que jamais usamos, é bom ressaltarmos). A Ritalina, todavia, de repente voltou e o uso é com receita para farmácias. Só que agora as autoridades (coisa recente) vai observar com mais carinho o uso de RITALINA que já parece epidêmico!... Vamos esperar. Quem sabe o que no “antanho” era proibido hoje no “hodierno” é “o luxo do momento para memória”...