Adalberto Prates
Comerciante, aposentado e estudioso da numerologia, defende a alteração do nome da cidade de BRUMADO PARA MINÁPOLIS. Foi o primeiro a montar uma fábrica de bebidas, em 1958, nesta cidade. Foi o idealizador, o editor e o redator do 1º jornal a circular em Brumado, em 1959.
Saudade da Minha Terra
O então Distrito de Laços
É a terra em que nasci
Aos 24 anos outrora
Em busca de boas escolas
Ausentei-me dali
Mesmo ausente da minha terra
Dela jamais me esquecerei
Com justa gratidão a Deus
Realizei os sonhos meus
Com as escolas que encontrei
Tenho saudade da minha terra
Até da casa onde nasci
De estilo camponês
A primeira que conheci
Tem um imenso quintal ao fundo
Produzindo frutas deliciosas
Produz jambos e laranjas
Mangas espadas e rosas
Produz um bom aipim
Para o café da manhã
Produz goiabas e pinhas
Pitangas, limas e romãs
Cana de açúcar também produz
Em pequena quantidade
Produz bananas e fruta-pão
Também mamão de qualidade
Nas divisas dos quintais
Corre um Rio sem parar
Um Rio perene deveras
Dele não quero lembrar
É de água contaminada
Com schistosomas mortais
É uma tristeza pra nós
Proprietários daqueles quintais
Esqueçamos daquele Rio
Dele agora já me esqueci
Lembramos de uma bonita Igreja
Da terra onde eu nasci
Naquela bonita Igreja
Tem um sino a badalar
São badaladas tão lindas
Que fazem-me, até hoje lembrar
Aos 20 dias de janeiro
Festejamos Missa com procissão
Em homenagem ao Padroeiro
O Sagrado São Sebastião
Aos 3 dias de outubro
Temos igual veneração
A Nossa Senhora do Rosário
Com outra Missa e Procissão
Ainda lembro-me do badalar do sino daquela Igreja. Nos acompanhamentos fúnebres, ouviam-se tristes badaladas espaçadamente. Em sinal de sentimento de um corpo levado ao cemitério.
Quando o corpo era de uma criança, aquele sino repicava alegremente, em sinal de que, um anjo era levado ao céu. “Assim acreditavam os antigos daquela comunidade”.