Sertão Hoje

Sertão Hoje

Resultado da busca pela categoria "itaberaba"

Governo do Estado reforça estratégias de apoio às prefeituras para reconstrução de áreas atingidas pelas enchentes

Terça / 04.01.2022

Serão adquiridos 15 rolos, 20 motoniveladoras, 15 pás carregadeiras e 15 escavadeiras e 20 caçambas para ajudar na limpeza e reconstrução das cidades e estradas (Foto: Elói Corrêa).

Nesta segunda-feira (3), primeiro dia útil do ano, o governador Rui Costa promoveu uma reunião com os secretários na Governadoria, no CAB, para pedir celeridade na reconstrução das áreas atingidas pelas chuvas na Bahia. Ele anunciou ainda a aquisição de máquinas pesadas e reforçou que, entre as prioridades das ações emergenciais, está o cadastramento de pessoas que perderam suas casas e dos comerciantes que terão acesso ao financiamento da Agência de Fomento do Estado (Desenbahia). O objetivo agora é fazer com que a execução dos projetos comece o mais rápido possível.

O governador solicitou o levantamento do nome, CPF e do endereço das pessoas que perderam seus pertences por causa dos temporais e determinou rapidez na distribuição de fogões e geladeiras. Famílias de Itamaraju já foram beneficiadas com essa ação do Governo do Estado. Lá as famílias receberam ainda botijões de gás. Nesta terça-feira (4) será a vez dos moradores de Vereda receberem os eletrodomésticos.

Outra determinação do governador é que sejam compradas máquinas pesadas para o trabalho de limpeza e reconstrução das cidades e estradas. Serão adquiridos 15 rolos, 20 motoniveladoras, 15 pás carregadeiras e 15 escavadeiras, além de 20 caçambas.

Para a recuperação das estradas vicinais das cidades, Rui solicitou que sejam realizados convênios com as prefeituras. “Temos que dar trafegabilidade às pessoas dos municípios atingidos”, afirmou. Já são 61 pontos críticos de estradas monitorados pela Secretaria de infraestrutura (Seinfra). A estimativa é de que seja necessário um investimento superior a R$ 120 milhões apenas para a recuperação desses pontos críticos.

O secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, afirmou que o Governo do Estado vem atuando em dois grandes períodos de chuvas, um no início de dezembro e outro próximo ao Natal, que se estende até hoje no Oeste da Bahia. “Já reestabelecemos o tráfego em praticamente todas as estradas principais, com passagens provisórias ou desvios de rodovias. Estamos contratando a recuperação da estrada de Itamaraju a Prado, onde devem ser investidos mais de R$ 12 milhões”.

Durante o encontro, o governador solicitou ainda que cada prefeito levante três prioridades para recuperação de estruturas nos municípios. Ele pediu também a busca alternativas para oferecer combustível por um valor mais acessível a esses locais. “Esta ajuda imediata de combustível será realizada através de um plano de trabalho. E as estradas a serem recuperadas estarão vinculadas à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), porque identificar essas estradas é fundamental para o escoamento da produção e a recuperação econômica desses municípios”, destacou Rui.

O secretário Marcus Cavalcanti explicou que o programa de recuperação para as estradas está sendo elaborado junto com a SDR e vai ser específico para as rotas produtivas. “São as estradas por onde são escoadas as produções agrícolas, de leite, e os municípios precisam receber esse apoio o mais rápido possível para se restabelecer o fluxo de mercadorias”.

Bahia: mais de 30 médicos reforçam equipes assistenciais nas regiões afetadas pelas enchentes

Terça / 04.01.2022

Contrariando as expectativas, o Ministério da Saúde enviou apenas 23 médicos à Bahia, do total de 119 prometidos pelo ministro Marcelo Queiroga, para atender a população atingida pela catástrofe ambiental que culminou em mais 90 mil pessoas desabrigadas e desalojadas e em 156 municípios em situação de emergência. Adicionalmente, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) remanejou oito médicos do quadro para atuar na região. Além de socorrer os feridos, os profissionais de saúde têm a missão de minimizar os efeitos do contato com as águas sujas das enchentes e combater doenças como cólera, leptospirose, hepatite, doenças diarreicas e febre tifoide, por exemplo.

Todos eles já desembarcaram em Ilhéus e estão em deslocamento para os seguintes municípios: Gandu, Itajuípe, Piraí do Norte, Dário Meira, Teolândia, Canavieiras, Apuarema, Nova Ibiá, Ibicaraí, Angical, Paratinga, Wanderley, Cotegipe, Jucuruçu, Itamaraju, Prado, Medeiros Neto, Ibicuí, Itarantim, Jiquiriçá, Ubaíra e Amargosa.

De acordo com a secretária estadual da Saúde da Bahia, Tereza Paim, a distribuição dos médicos foi feita pela Sesab em parceria com Conselho de Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA). "Buscamos uma equidade com foco nos municípios muito afetados e com população desabrigada e desalojada. Periodicamente novas avaliações serão feitas, a fim de incluir novos municípios", destaca a secretária

Mais três cidades baianas tiveram situação de emergência reconhecida

Terça / 04.01.2022

Nesta segunda (3), mais três cidades baianas tiveram a situação de emergência reconhecida em razão das chuvas intensas. São elas: Amargosa, Conceição do Almeida e Itagi. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Com as publicações de hoje, já são 130 municípios com situação de emergência reconhecida pelo MDR, devido às fortes chuvas. Com o reconhecimento federal, os municípios atingidos por desastres naturais podem solicitar recursos do MDR para atendimento à população afetada, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de equipamentos de infraestrutura danificados pelo desastre.

A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada Portaria no Diário Oficial da União com a especificação do montante a ser liberado.

Enchentes: Governo Federal garante aos municípios da Bahia repasse de R$ 130 milhões

Terça / 04.01.2022

Defesa Civil Nacional segue auxiliando municípios na elaboração de pedidos e liberação de recursos

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), já garantiu, até o momento, o repasse de R$ 130 milhões para dar continuidade às ações de resposta e assistência humanitária nos municípios baianos atingidos por chuvas intensas desde o fim de novembro. Nesta segunda-feira (3), 30 portarias com a liberação de R$ 17,1 milhões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). (Confira a lista abaixo). Outras liberações estão autorizadas e devem ocorrer nos próximos dias.

Com as novas portarias, 28 cidades foram beneficiadas. São elas: Itambé, Iguaí, Itapé, Itagimirim, Santa Cruz da Vitória, Itajuípe, Itacaré, Laje, Medeiros Neto, Canavieiras, Coaraci, Brejões, Gandu, Arataca, Itarantim, Ubaitaba, Jiquiriçá, Gongogi, Wanderley, Poções, Jequié, Itapitanga, Itabuna, Milagres, Mutuípe, Eunápolis, Santa Inês e Ibicaraí.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destaca os esforços do governo federal em recuperar os estragos provocados pelo desastre natural. “Na última semana do ano, o governo federal anunciou novas ações de resposta ao desastre na Bahia. Estamos na região desde novembro, e vamos continuar atuando tecnicamente, coordenando a assistência, apoiando os municípios na elaboração dos pedidos e liberando recursos. Nossa Defesa Civil está coordenando os trabalhos dos órgãos federais e colaborando com o estado", ressaltou Marinho.

Decreto mantém autorização para eventos com até 5 mil pessoas na Bahia

Terça / 04.01.2022

O decreto passa a vigorar nesta terça (4) e tem validade até 14 de janeiro.

O decreto estadual que estabelece as normas para a realização de eventos com a presença de público na Bahia foi atualizado e terá uma nova versão publicada no Diário Oficial desta terça-feira (4). Atividades com até 5 mil pessoas continuam sendo permitidas, de acordo com o documento assinado pelo governador Rui Costa. Também estão mantidos a obrigatoriedade da comprovação da vacinação contra a Covid-19 e o uso de máscaras. A atualização do decreto estabelece uma nova referência para impor a restrição de eventos com, no máximo, 100 pessoas. Esta limitação de público será válida, a partir de agora, nos municípios que fizerem parte da macrorregião de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantenha, por cinco dias consecutivos, superior a 75%. Antes, a referência era de 50% de ocupação dos leitos. O decreto passa a vigorar nesta terça (4) e tem validade até 14 de janeiro.

Defesa Civil do Estado atualiza dados sobre população afetada pelas chuvas na Bahia

Terça / 04.01.2022

Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou, na tarde desta segunda-feira (3), os números referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em diversas regiões do estado. São 30.915 desabrigados, 62.731 desalojados, 26 mortos e 518 feridos. O número total de atingidos é de 715.634 pessoas. Mais um óbito, ocorrido na última quinta-feira (30), foi confirmado nesta segunda-feira (3) pela Prefeitura de Belo Campo. Trata-se de um homem de 39 anos, que se afogou no povoado do Sabiá, na zona rural do município. As localidades com vítimas fatais são: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (3), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2), Ubaitaba (1) e Belo Campo (1). Os números correspondem às ocorrências registradas em 166 municípios afetados. Desse total, 154 estão com decreto de situação de emergência.

Municípios com decreto de situação de emergência:

ALCOBAÇA, AMARGOSA, AMÉLIA RODRIGUES, ANAGÉ, ANDARAÍ, ANGICAL, APUAREMA, ARATACA, AURELINO LEAL, BAIXA GRANDE, BARRA DO CHOÇA, BARRA DO MENDES, BARRA DO ROCHA, BELMONTE, BELO CAMPO, BOA NOVA, BOA VISTA DO TUPIM, BREJÕES, BREJOLÂNDIA, BUERAREMA, CAATIBA, CACHOEIRA, CAETANOS, CAMACÃ, CAMAMU, CANAVIEIRAS, CÂNDIDO SALES, CARAVELAS, CARINHANHA, CATURAMA, COARACI, COCOS, CONCEIÇÃO DO ALMEIDA, CONDEÚBA, CORDEIROS, COTEGIPE, CRAVOLÂNDIA, CRISTÓPOLIS, DÁRIO MEIRA, DOM BÁSILIO, ENCRUZILHADA, ENTRE RIOS, EUNÁPOLIS, FEIRA DE SANTANA, FIRMINO ALVES, FLORESTA AZUL, GANDÚ, GONGOGI, GUARATINGA, IAÇU, IBICARAI, IBICOARA, IBICUÍ, IBIPEBA, IBIRAPITANGA, IBIRAPUÃ, IBIRATAIA, IBITIARA, IGRAPIUNA, IGUAÍ, ILHÉUS, IPIAÚ, IRAJUBA, IRAMAIA, ITABELA, ITABERABA, ITABUNA, ITACARÉ, ITAETÉ, ITAGI, ITAGIMIRIM, ITAJU DO COLÔNIA, ITAJUÍPE, ITAMARAJU, ITAMBÉ, ITANHÉM, ITAPÉ, ITAPEBI, ITAPETINGA, ITAPITANGA, ITAQUARA, ITARANTIM, ITORORÓ, ITUBERÁ, JAGUAQUARA, JEQUIÉ, JIQUIRIÇÁ, JITAÚNA, JUCURUÇU, JUSSARI, JUSSIAPE, LAFAIETE COUTINHO, LAGOA REAL, LAJE, LAJEDÃO, LENÇÓIS, LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA, MACARANI, MANOEL VITORINO, MARAGOGIPE, MARCIONÍLIO DE SOUZA, MASCOTE, MEDEIROS NETO, MILAGRES, MUCUGÊ, MUCURI, MUNDO NOVO, MUTUÍPE, NAZARÉ, NILO PEÇANHA, NOVA CANAÃ, NOVA VIÇOSA, NOVO HORIZONTE, PALMAS DE MONTE ALTO, PARAMIRIM, PARATINGA, PAU BRASIL, PIRAÍ DO NORTE, PIRIPÁ, PLANALTO, POÇÕES, PORTO SEGURO, POTIRAGUÁ, PRADO, PRESIDENTE JÂNIO QUADROS, PRESIDENTE TANCREDO NEVES, RIACHO DE SANTANA, RIBEIRA DO POMBAL, RIBEIRÃO DO LARGO, RIO DE CONTAS, RUY BARBOSA, SANTA CRUZ CABRÁLIA, SANTA CRUZ DA VITÓRIA, SANTA INÊS, SANTA MARIA DA VITÓRIA, SANTANÓPOLIS, SÃO FÉLIX, SÃO FÉLIX DO CORIBE, SERRA DOURADA, TABOCAS DO BREJO VELHO, TANHAÇU, TAPEROÁ, TEIXEIRA DE FREITAS, TEOLÂNDIA, TREMEDAL, UBAÍRA, UBAITABA, UBATÃ, URUÇUCA, VALENÇA, VEREDA, VITÓRIA DA CONQUISTA, WANDERLEY e WENCESLAU GUIMARÃES.

Qual a diferença entre dengue, zika e chikungunya? Saiba mais sobre as doenças

Segunda / 03.01.2022

As três doenças têm em comum o mosquito transmissor: o Aedes aegypti

Embora dengue, chikungunya e zika sejam causadas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, as três doenças têm suas particularidades. O sanitarista Claudio Maierovitch explica que é muito difícil diferenciá-las ainda nos primeiros dias. Mas que, com o passar do tempo, elas vão “dando a sua cara”. Ele diz que a dengue, com a qual o Brasil já convive há quatro décadas, em geral, começa com febre alta, dor de cabeça intensa, principalmente atrás dos olhos, dores no corpo e indisposição muito grande. “Eventualmente, pode ter manchas na pele e algumas dores articulares”, completa. 

Moradora do município de Tamboril, no interior do Ceará, a dona de casa Antonia Edilene conta que teve dengue e sofreu com a febre, dores de cabeça e muita dor no corpo. Até se recuperar da doença, levou quase um mês, ela afirma. “Eu fui ao médico várias vezes. Fiquei mais ou menos um mês doente. Ele passava remédio, eu tomava, melhorava, e logo voltava a sentir todas as dores de novo. Eu fiquei tão doente, que não tinha força para comer, nem andar. Fiquei mais de um mês deitada, não conseguia me sentar”, lembra. 

O sintoma mais marcante da chikungunya são as dores nas articulações, ou no termo popular “as juntas”, diz Maierovitch. “Joelho, cotovelo, tornozelo e articulações entre os dedos das mãos muitas vezes ficam inchados. Às vezes fica difícil a pessoa andar, há uma tendência da pessoa ficar curvada porque dói um pouco menos. É uma doença que, em geral, deixa a pessoa imobilizada na cama durante alguns dias e pode durar um bom tempo”, detalha. 

A infecção por zika vírus, por sua vez, costuma vir sem febre ou com febre baixa. Segundo o especialista, a principal característica são as manchas vermelhas pelo corpo, que causam coceira. “Pode também ter dores articulares, dores não tão fortes como a do chikungunya e costuma durar um tempo menor. Uns três a quatro dias com essas manchas e com coceira, e a doença já vai embora.” 

H3N2: ainda não existe vacina para essa cepa de Influenza A no Brasil

Segunda / 03.01.2022

Previsão é de que vacina para H3N2 chegue ao país a partir da campanha de vacinação contra gripe de 2022, segundo Ministério da Saúde

O Brasil tem vivido, nos últimos dias, uma epidemia de gripe causada pelo vírus Influenza A. Com isso, o brasileiro está correndo atrás de imunização contra a doença. O que muita gente não sabe é que não existe, no momento, vacina para a cepa H3N2. O Brasil possui vacinas que protegem contra os vírus Influenza A e B. No entanto, elas não são específicas para a variante que está atingindo o país. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o aumento do número de casos está sendo acompanhado em alguns estados. Neste momento, a pasta avalia as evidências científicas em relação à eficácia da vacina utilizada na campanha deste ano para a prevenção da nova cepa circulante. 

A pasta informa, ainda, que já iniciou as tratativas para aquisição de vacinas para a campanha de 2022. O imunizante encomendado é o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Hemisfério Sul e contempla em sua composição o vírus H3N2, circulante no país neste momento.

Durante viagem com a família no litoral nordestino, Gabriel Estrela sentiu fraqueza no corpo, dores de cabeça, coriza, febre e tosse. “Suspeitei que era essa virose porque estava em uma praia e soube que a UPA estava cheia de casos de Influenza.”

Pessoas que sentirem sintomas gripais devem procurar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima. Mesmo com letalidade menor que a Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades). 

O H3N2 é uma variante do vírus Influenza A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados. Ele pode ser transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra, explica a infectologista Joana Darc da Silva.

“Os sintomas são bem acentuados, muito intensos, muita dor no corpo, febre que incide de forma súbita, coriza, dor de garganta, que pode complicar com falta de ar que a gente chama de síndrome respiratória que pode levar a óbito.”

Vacinas existentes

A campanha de imunização contra a gripe foi lançada em março pelo Ministério da Saúde e deveria durar até julho. Inicialmente, seriam vacinadas somente as pessoas de grupo prioritário, mas diante da baixa procura da população, a campanha foi estendida para todas as faixas etárias.

Com óbitos confirmados por H3N2 em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, recomendou que a população mantenha os protocolos de biossegurança usados para a Covid-19, para diminuir a disseminação do vírus da Influenza H3N2. Conforme o Boletim Epidemiológico da Influenza, referente a semana epidemiológica 51, divulgado na terça-feira (28), a SES registrou 44 casos positivos para H3N2, além de duas mortes ocorridas em Campo Grande e Corumbá. 

De acordo com a secretaria, é importante que a população se vacine, pois, com as comemorações e as férias, a população precisa estar atenta, e quem apresentar os sintomas deve evitar comparecer aos locais de festividades e procurar uma unidade de saúde.

Tráfego de veículos na BA-263, na região da Serra do Marçal, entre Vitória da Conquista e Itambé, é totalmente liberado

Segunda / 03.01.2022

Fotos: Divulgação/Seinfra

O fluxo de veículos na BA-263, na região da Serra do Marçal, entre Vitória da Conquista e Itambé, foi liberado nos dois sentidos pela Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) na tarde desta sexta-feira (31). Os serviços emergenciais de limpeza da pista nos pontos onde houve deslizamento de terra foram concluídos nesta sexta (31). A equipe técnica da Seinfra continua monitorando a situação da rodovia. Os condutores devem ter muita atenção ao trafegar pela pista.

Mais quatro ocorrências novas foram registradas na tarde desta sexta-feira (31); chegando a 54 pontos de rodovias estaduais monitorados pela Seinfra. Um dos encontros das pontes de São Joaquim e do Alto Araguaia, que ficam nos acessos ao distrito de Missão do Aricobé, em Angical, na BA-465, e de Cotegipe, na BA-449, respectivamente, romperam por conta das fortes chuvas no oeste baiano. A passagem de veículos sobre ambas está interrompida.

O trânsito também se encontra bloqueado em um ponto da BA-314. A pista cedeu em um trecho que liga a localidade de Caldeirãozinho, em Uauá, ao acesso a Mineração, em Jaguarari. Os equipamentos para a construção de um desvio provisório na rodovia estão sendo deslocados pelo Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território do São Francisco (CONSTESF).

Na BA-046, os serviços de limpeza da pista entre Ruy Babosa e Utinga estão em andamento após deslizamento de terra. O deslocamento de veículos na rodovia já foi normalizado. A lista com os pontos de rodovias baianas afetados pelas fortes chuvas deste mês de dezembro (54) está disponível neste link: bit.ly/Seinframonitora. As ações realizadas pelo Governo do Estado podem ser conferidas no www.ba.gov.br.

UniFG será ponto de arrecadação de donativos para famílias afetadas pelas chuvas no Estado

Segunda / 03.01.2022

Cerca de 30% das cidades estão em situação de emergência, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste da Bahia; saiba como fazer sua doação

O Centro Universitário UniFG, juntamente com a Prefeitura Municipal de Guanambi, entrou na corrente de solidariedade que se espalha por todo o país a fim de auxiliar as famílias desabrigadas ou desalojadas devido às chuvas torrenciais e enchentes que atingem a Bahia nestas últimas semanas de 2021.

A Instituição será ponto de arrecadação de itens como álcool em gel, máscaras de proteção (preferencialmente PFF2/N95), luvas descartáveis, absorventes, fraldas descartáveis (infantil e adulto), sabonetes, cremes dentais, escovas de dente, repelentes e materiais de limpeza. Ou seja, o foco da campanha está em itens de higiene e de prevenção contra doenças, como a Covid-19. 

Qualquer pessoa pode se dirigir ao campus sede da UniFG em Guanambi, localizado na Avenida Pedro Felipe Duarte, número 4.911, no Bairro São Sebastião, das 9 às 17h, e deixar sua doação. A Prefeitura apoiará na destinação dos donativos aos municípios afetados.

A Ânima Educação, ecossistema do qual a UniFG faz parte, está mobilizada nacionalmente em prol dessa causa e conta com pontos de coleta em outros municípios baianos, além de um ponto no Estado do Rio Grande do Norte.

A população de Paripiranga, na Bahia, pode realizar doações na sede da Ages; e quem mora em Salvador pode deixar os donativos na Unifacs, campus Tancredo Neves. Já nas cidades de Jacobina e Senhor do Bonfim, os pontos de coleta são as unidades do Corpo de Bombeiros. Em Recife, a UniFG-PE também estará com os campi Piedade e Boa Vista abertos para receber doações, a partir de 03 de janeiro. Por fim, quem é de Natal, no Rio Grande do Norte, consegue fazer sua doação no campus da UnP – Unidade Roberto Freire.

Para as pessoas que vivem em outras regiões do país, em virtude das distâncias e dificuldades logísticas para envio de insumos, a recomendação é a doação de recursos financeiros de qualquer valor via Pix. A Ânima indica duas entidades que têm atuado e concentrado esforços nesse sentido, para apropriada destinação às famílias atingidas: a Cufa (Central Única das Favelas), cuja chave Pix é o e-mail [email protected]; e a ONG Gerando Falcões, cujo Pix é o CNPJ 18.463.148/0001-28.

Oeste baiano: 12 pontos de rodovias e 4 pontes afetadas pelas chuvas são monitoradas pela Seinfra

Segunda / 03.01.2022

A Seinfra vem intensificando o monitoramento de rodovias estaduais da região oeste afetadas pelas fortes chuvas das últimas semanas (Foto: Divulgação/Consórcio do Oeste).

A situação de 12 pontos de rodovias, incluindo acessos a cidades e distritos, e de 4 pontes está sendo observada pelo órgão neste fim de semana. O tráfego de veículo em alguns trechos já foi normalizado e em outros somente será retomado após a construção de desvios provisórios.

Na ação já estão contidas as seis ocorrências novas registradas na região neste domingo (2). A Secretaria de Infraestrutura passou a acompanhar a situação nos acessos à Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), em Barreiras, a Catolândia, a Baianópolis, a Cotegipe, a Wanderley e na ponte entre Missão do Aricobé e Angical, na BA-465. Com isso, a Seinfra contabiliza um total de 60 pontos de rodovias baianas atingidas durante o período chuvoso no estado.

Os pontos de rodovias do oeste monitorados pelo órgão, além dos acessos, são: BA-225, do entroncamento da BR-135, próximo ao distrito de Pipiri, em Formosa do Rio Preto, até Coaceral; dois pontos da BA-465, de Cotegipe até Missão do Aricobé; dois pontos da BA-447, entre Barreiras e Angical; a BA-172, que liga São Félix do Coribe à Jaborandi; e a BA-645, entre Angical e Missão do Aricobé.

A equipe técnica da Seinfra também avalia a situação das pontes na região, incluindo a do KM 1, entre Missão do Aricobé e Angical, na BA-465. Os outros equipamentos observados são: de São Joaquim, no acesso ao distrito de Missão do Aricobé, na BA-465, em Angical; do Alto Araguaia, na BA-449, em Cotegipe; e a ponte sobre o Rio Água Piranga, na BA-449. As quatro pontes sofreram danos por conta das chuvas na região e precisarão passar por reparos emergenciais.

A lista com os pontos de rodovias baianas afetados pelas fortes chuvas deste mês de dezembro (60) está disponível neste link: bit.ly/Seinframonitora. As ações realizadas pelo Governo do Estado podem ser conferidas no www.ba.gov.br.

Nota de Repúdio: UPB vai acionar o governador e o comando da PM contra ofensa a prefeito

Segunda / 03.01.2022

Em nota enviada pela sua Assessoria de Imprensa, a União dos Municípios da Bahia (UPB) repudiou veementemente a agressão sofrida pelo prefeito de Ipecaetá, Junior Piaggio, nesta sexta-feira (31). A nota afirma que o gestor foi ofendido pelo soldado da Polícia Militar, Welton Correia, após solicitar o apoio da guarnição da cidade para a realização da 9ª edição da Corrida de São Vicente, que estava ocorrendo naquele momento. Ainda segundo a nota, a Diretoria da UPB considera inaceitável que a autoridade maior do município seja desrespeitada por quem deveria zelar e manter a ordem. “Diante dos fatos verificados e da postura do soldado, visivelmente alterado, conforme é possível verificar em vídeo realizado por populares, a UPB irá oficializar uma queixa junto ao Comando Geral da Polícia Militar, a Secretaria de Segurança Pública e ao Governador Rui Costa, exigindo um pedido formal de desculpas ao prefeito Júnior Piaggio, bem como o afastamento do soldado. A Diretoria da UPB repudia que fatos como esse venham se repetindo e demonstre a falta de respeito e compromisso da corporação com os municípios e os prefeitos, que em todo tempo colaboram e oferecem todo o suporte às guarnições sem medir esforços para garantir a atuação da PM no interior da Bahia. A Coordenação Jurídica da UPB já tomou conhecimento dos fatos e assegura que serão tomadas todas as medidas cabíveis em defesa do gestor, não medindo esforços para acionar os órgãos competentes e a justiça para fazer valer o respeito à autoridade do prefeito”, diz a nota encaminhada pela UPB para nossa redação.

Terceira dose de vacina da AstraZeneca aumenta significativamente anticorpos contra variante Ômicron, diz estudo

Segunda / 03.01.2022

Anticorpos neutralizantes contra a variante aumentaram 2,7 vezes após dose de reforço do imunizante

Uma terceira dose da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 aumenta significativamente os níveis de anticorpos capazes de neutralizar a variante Ômicron do novo coronavírus. A descoberta consta em novo estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade de Oxford. 

A pesquisa foi feita com 41 voluntários. Um mês após terem tomado a terceira dose do imunizante, eles apresentaram anticorpos contra a Ômicron em níveis semelhantes aos anticorpos que combatem as variantes Alfa e Delta depois da segunda dose. 

A infectologista Joana Darc Gonçalves destaca que após a descoberta de novas variantes é comum haver pesquisas em profusão para investigar se as vacinas existentes são ou não eficazes para proteção contra um determinado tipo de vírus. A especialista diz que, até o momento, os estudos trazem resultados positivos. 

“Tanto a AstraZeneca, como a Pfizer, Moderna e outros centros de investigação estão avaliando essa questão da eficácia e, para nossa sorte, muitas têm demonstrado serem eficazes após a terceira dose, aumentando o número de anticorpos circulantes e evitando, assim, infecção e doença grave”, destaca. 

O estudo foi publicado em uma plataforma internacional de biologia e mostra que os anticorpos neutralizantes contra a variante aumentaram 2,7 vezes após a terceira dose da AstraZeneca. Os pesquisadores salientaram que “a campanha para fornecer doses de reforço deve adicionar considerável proteção contra a infecção pela Ômicron”. 

Para intensificar o combate à variante, o Ministério da Saúde já anunciou a redução de cinco para quatro meses do intervalo entre a segunda e a terceira dose da vacina contra a Covid-19. 

“É importante falar do reforço da terceira dose. Alguns países já estão iniciando essa campanha para vacinar toda a população já pensando nessa questão das variantes e das mutações”, destaca a infectologista. 

O que especialistas dizem sobre a Ômicron é que, embora se dissemine com mais facilidade, sendo altamente transmissível, ela é menos letal do que as demais variantes do novo coronavírus. Para Joana Darc, isso pode ser um indicativo promissor em relação à pandemia da Covid-19. 

“O que a gente tem visto até agora é que realmente ela produz menos mortalidade, menos complicações, menos hospitalizações e muita gente está na expectativa de que seja já um vírus atenuado e que, no futuro, talvez a gente nem precise de  vacina, caso esse vírus se torne dominante e seja realmente menos letal e agressivo. Isso seria o ideal pra gente. Mas ainda temos que aguardar as consequências dessa quantidade de pessoas que estão se infectando”, ressalta. 

A disseminação da Ômicron levou a uma nova onda de contaminações na Europa. A França, por exemplo, registrou 208 mil casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, recorde desde o início da pandemia. A Espanha, por sua vez, registrou cerca de 100 mil casos em um dia, mais que duplicando o recorde anterior. 

Defesa Civil do Estado atualiza dados sobre população afetada pelas chuvas na Bahia

Segunda / 03.01.2022

Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou, na tarde deste domingo (2), os números referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em diversas regiões do estado. São 32.594 desabrigados, 57.451 desalojados, 25 mortos e 517 feridos. O número total de atingidos chega a 661.508 pessoas. Os números correspondem às ocorrências registradas em 165 municípios afetados. É importante destacar que, desse total, 153 estão com decreto de situação de emergência. As localidades com vítimas fatais são: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (3), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).

Municípios com decreto de situação de emergência:

ALCOBAÇA, AMARGOSA, AMÉLIA RODRIGUES, ANAGÉ, ANDARAÍ, ANGICAL, APUAREMA, ARATACA, AURELINO LEAL, BAIXA GRANDE, BARRA DO CHOÇA, BARRA DO MENDES, BARRA DO ROCHA, BELMONTE, BELO CAMPO, BOA NOVA, BOA VISTA DO TUPIM, BREJÕES, BREJOLÂNDIA, BUERAREMA, CAATIBA, CACHOEIRA, CAETANOS, CAMACÃ, CAMAMU, CANAVIEIRAS, CÂNDIDO SALES, CARAVELAS, CARINHANHA, CATURAMA, COARACI, COCOS, CONCEIÇÃO DO ALMEIDA, CONDEÚBA, CORDEIROS, COTEGIPE, CRAVOLÂNDIA, CRISTÓPOLIS, DÁRIO MEIRA, DOM BÁSILIO, ENCRUZILHADA, ENTRE RIOS, EUNÁPOLIS, FEIRA DE SANTANA, FIRMINO ALVES, FLORESTA AZUL, GANDÚ, GONGOGI, GUARATINGA, IAÇU, IBICARAI, IBICOARA, IBICUÍ, IBIPEBA, IBIRAPITANGA, IBIRAPUÃ, IBIRATAIA, IBITIARA, IGRAPIUNA, IGUAÍ, ILHÉUS, IPIAÚ, IRAJUBA, IRAMAIA, ITABELA, ITABERABA, ITABUNA, ITACARÉ, ITAETÉ, ITAGI, ITAGIMIRIM, ITAJU DO COLÔNIA, ITAJUÍPE, ITAMARAJU, ITAMBÉ, ITANHÉM, ITAPÉ, ITAPEBI, ITAPETINGA, ITAPITANGA, ITAQUARA, ITARANTIM, ITORORÓ, ITUBERÁ, JAGUAQUARA, JEQUIÉ, JIQUIRIÇÁ, JITAÚNA, JUCURUÇU, JUSSARI, JUSSIAPE, LAFAIETE COUTINHO, LAGOA REAL, LAJE, LAJEDÃO, LENÇÓIS, LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA, MACARANI, MANOEL VITORINO, MARAGOGIPE, MARCIONÍLIO DE SOUZA, MASCOTE, MEDEIROS NETO, MILAGRES, MUCUGÊ, MUCURI, MUNDO NOVO, MUTUÍPE, NAZARÉ, NILO PEÇANHA, NOVA CANAÃ, NOVA VIÇOSA, NOVO HORIZONTE, PALMAS DE MONTE ALTO, PARAMIRIM, PARATINGA, PAU BRASIL, PIRAÍ DO NORTE, PLANALTO, POÇÕES, PORTO SEGURO, POTIRAGUÁ, PRADO, PRESIDENTE JÂNIO QUADROS, PRESIDENTE TANCREDO NEVES, RIACHO DE SANTANA, RIBEIRA DO POMBAL, RIBEIRÃO DO LARGO, RIO DE CONTAS, RUY BARBOSA, SANTA CRUZ CABRÁLIA, SANTA CRUZ DA VITÓRIA, SANTA INÊS, SANTA MARIA DA VITÓRIA, SANTANÓPOLIS, SÃO FÉLIX, SÃO FÉLIX DO CORIBE, SERRA DOURADA, TABOCAS DO BREJO VELHO, TANHAÇU, TAPEROÁ, TEIXEIRA DE FREITAS, TEOLÂNDIA, TREMEDAL, UBAÍRA, UBAITABA, UBATÃ, URUÇUCA, VALENÇA, VEREDA, VITÓRIA DA CONQUISTA, WANDERLEY e WENCESLAU GUIMARÃES.

Bahia é o estado brasileiro com mais obras paralisadas, segundo relatório da CGU

Segunda / 03.01.2022

Para tentar resolver parte do problema, a Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei que estabelece critérios para a suspensão de obras públicas

A Bahia é o estado que tem o maior número de obras públicas com recursos federais paralisadas, de acordo com relatório mais recente da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo o Grupo de Trabalho para Governança de Investimento em Infraestrutura (GT Infraestrutura) do órgão, 1.012 empreendimentos estavam parados no estado em 2019. Somadas, as mais de mil obras paradas na Bahia custam mais de R$ 5,2 bilhões aos cofres públicos. A CGU analisou 32.415 contratos em nível nacional até dezembro de 2019. Destes, 10.916 estavam paralisados, o que significa uma a cada três obras no país. 

A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei (1.070/2019) que pretende resolver parte do problema. A proposta estabelece que, se o poder público notar alguma irregularidade na licitação ou execução da obra, e não for possível resolvê-la, só poderá interromper o empreendimento após avaliar os custos, riscos e benefícios dessa decisão para a sociedade. 

Dessa forma, o autor do PL, o deputado federal José Medeiros (PODE/MT), espera reduzir a quantidade de obras paralisadas no país, o que ele considera “um dos principais problemas da gestão pública brasileira”. Relator da matéria na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP) deu parecer favorável à aprovação do projeto que, segundo ele, consolida os parâmetros que os órgãos de controle e o judiciário devem observar antes de pedir a suspensão de uma obra. 

“A ideia é contribuir para que a obra pública seja executada de acordo com os critérios que foram estabelecidos no contrato e que a decisão sobre a continuidade da obra seja tomada com base no interesse público. Ou seja, vai gerar mais custo fazer a manutenção daquela estrutura parada ou contratar outra empresa, fazer uma nova licitação ou mesmo obrigar e fazer alguma sanção contra aquela empresa que já foi contratada para dar seguimento aquela obra?”, argumenta. 

Segundo Gilberto Gomes, advogado na área de Controles sobre Contratações Públicas, sócio do Piquet, Magaldi e Guedes Advogados, o projeto de lei servirá como um guia de orientação às autoridades que têm o poder de suspender um empreendimento público por conta de alguma irregularidade. 

“O que a proposta faz é dar a quem vai aplicar essa suspensão de obra um roteiro a seguir.  O projeto diz o seguinte: na hora de paralisar uma obra, o controlador ou o juiz tem que fazer a análise de se o custo dessa paralisação vai ser maior ou menor do que o dano que ele está tentando preservar ao erário”, explica. 

Critérios para paralisação de obras públicas de acordo com o PL

Impactos  econômicos  e  financeiros  decorrentes  do  atraso  na fruição  dos  benefícios  do empreendimento. 

Riscos  sociais,  ambientais  e  à  segurança  da  população  local decorrentes  do  atraso  na fruição  dos  benefícios  do  empreendimento.

Motivação  social  e  ambiental  do  empreendimento. 

Custo  da  deterioração  ou  da  perda  das  parcelas  executadas. 

Despesa  necessária  à  preservação  das  instalações  e  dos serviços  já  executados. 

Despesa  inerente  à  desmobilização  e  ao  posterior  retorno  às atividades. 

Medidas  efetivamente  adotadas  pelo  titular  do  órgão  ou  da entidade   para   o   saneamento   dos   indícios   de   irregularidades apontados. 

Custo  total  e  estágio  de  execução  física  e  financeira  dos contratos,  dos  convênios,  das  obras  ou  das  parcelas  envolvidas; IX  –  empregos diretos  e  indiretos  perdidos  em  razão  da  paralisação. 

Custo  para  realização  de  nova  licitação  ou  celebração  de  novo contrato. 

Custo  de  oportunidade  do  capital  durante  o  período  de paralisação.

Projeto de lei estabelece critérios para diminuir número de obras paradas

Segundo o advogado Gilberto Gomes, a ideia é reduzir os prejuízos aos cofres públicos. “O que a proposta traz é que antes de eu paralisar, eu devo tentar sanar essas irregularidades para seguir a execução da obra, porque essa paralisação causa danos também, ela também tem um custo”, completa Gomes. 

Ainda segundo o projeto de lei, se a paralisação da obra não se revelar como medida de interesse público, o poder público, ou seja, quem contratou aquela obra, deverá optar pela continuidade do contrato e pela solução da irregularidade por meio de cobrança de indenização por perdas e danos, sem deixar de lado a aplicação de punições e apuração de responsabilidades, segundo a lei. 

Kim Kataguiri (DEM/SP) afirma que, nos casos em que as empresas contratadas forem as responsáveis pelas irregularidades, elas podem perder o direito de dar continuidade à obra, por exemplo. 

“A gente sabe que vários escândalos de corrupção envolvem contratos aditivos, que é quando a empresa exige mais recursos públicos do que aquilo que foi pactuado inicialmente. Então, primeiro, nesses casos, perder o direito de dar continuidade à obra e ressarcir os cofres públicos pelo dano já causado, pelo tempo em que a obra ficou parada ou em caso da impossibilidade da continuação da obra, com ressarcimento total do valor do contrato”, explicita.

Tramitação

Após o parecer favorável do relator, o PL está pronto para ser votado na CTASP. O texto também será analisado pelas Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se aprovada, a proposta, vai alterar a Lei 8.666/1993, conhecida como a Lei de Licitações, e a Lei 14.133/2021, a nova Lei de Licitações. Ambas vão coexistir até 2023.